terça-feira, 6 de abril de 2010
A obesidade infantil aumenta os riscos de morte antes dos 55 anos
Segundo estudo publicado no New England Journal of Medicine, a obesidade infantil aumenta os riscos de morte antes dos 55 anos de idade. Acompanhando em longo prazo quase 5 mil crianças nascidas entre 1945 e 1984, os pesquisadores notaram que um quarto dos voluntários que apresentavam maior índice de massa corporal (IMC) tinham duas vezes maior taxa de morte por causas naturais antes dos 55 anos do que o grupo de menor IMC. Entre essas causas, os especialistas consideraram doenças cardiovasculares, doença hepática alcoólica, infecções, câncer, diabetes e overdose de drogas.
"O ponto principal é que a obesidade em crianças é um sério problema que precisa ser abordado seriamente", ressaltou o pesquisador William C. Knowler, do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais. "O que este estudo particular mostra é que a obesidade causará o excesso de morte prematura", completou o especialista.
Além da influência direta da obesidade infantil nos riscos de morte prematura, a pesquisa indicou que a intolerância à glicose - fator de risco para o diabetes - e a pressão alta na infância também cumprem um papel neste sentido. A taxa de morte foi 73% maior entre o grupo de maior intolerância à glicose e 1,5 vezes maior entre aqueles que apresentavam pressão alta.
Em nota para a imprensa, o pediatra Marc Jacobson, da Academia Americana de Pediatria, destaca que o novo estudo é oportuno e importante, visto que mais de um sexto das crianças americanas estão obesas. "Ele nos dá mais dados relevantes sobre os efeitos da obesidade adolescente em longo prazo". E, seguindo as diretrizes da Academia, o especialista recomenda a medida do índice de massa corporal em todas as crianças, e uma abordagem no estilo de vida daquelas que se apresentam obesas. Para a prevenção, segundo ele, os pais podem usar o chamado 5210 - cinco porções diárias de frutas e vegetais, duas horas ou menos de TV por dia, uma hora de exercícios e nenhuma ou pouquíssimas bebidas açucaradas.
18/03/2010
Fonte: http://boasaude.uol.com.br
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